Saturday, April 29, 2023

Discurso do secretário Antony J. Blinken na sessão plenária de encerramento da Cúpula das Cidades das Américas no Centro de Convenções do Colorado

Department of State United States of America

Tradução cortesia do Departamento de Estado dos Estados Unidos



Departamento de Estado dos EUA
Escritório do Porta-Voz
Pronunciamento
28 de abril de 2023

Denver, Colorado

SECRETÁRIO BLINKEN: Obrigado. Muito obrigado. Obrigado. Boa tarde. É maravilhoso estar com todos vocês aqui em Denver. E Mike, permita-me apenas dizer para você que, em primeiro lugar, não posso agradecer o suficiente por sua liderança extraordinária em fazer tudo isso acontecer. O trabalho que vocês fizeram a fim de estimular a comunidade, visando obter o apoio de que precisávamos para esta Cúpula, é uma contribuição notável não apenas para esta comunidade, mas para todo o nosso hemisfério.

E também quero agradecer especialmente ao governador Polis e ao prefeito Hancock  não apenas pela hospitalidade, mas também pela liderança em nos unir. Escolhemos Denver para sediar a primeira Cúpula das Cidades das Américas em grande parte por causa de seu histórico em enfrentar desafios globais em nível local. E é disso que se trata esta Cúpula para nós.

Estou muito feliz por ter a companhia de literalmente centenas de prefeitos e governadores, líderes tribais e outros líderes indígenas, juntamente com dezenas de redes que os apoiam, como o Iclei , a Conferência de Prefeitos dos EUA, ​o Grupo de Liderança Climática C40. Também queremos dar as boas-vindas aos muitos representantes da sociedade civil e do setor privado que estão aqui conosco hoje.

Se vocês voltarem a junho passado, líderes de todo o nosso hemisfério estavam reunidos em Los Angeles para a Nona Cúpula das Américas. Concordamos com compromissos ambiciosos em questões que realmente importam na vida de todos os nossos cidadãos: migração, mudanças climáticas, governança democrática; crescimento econômico sustentável e inclusivo.

Cada um de vocês, como líderes municipais, estão na linha de frente para enfrentar esses desafios globais. Vocês estão acolhendo e integrando migrantes em suas comunidades. Vocês fazem planejamento para desastres naturais e estão respondendo a eles, cada vez mais frequentes devido à crise climática. Vocês estão abordando os problemas que sua população enfrenta, desde desafios de aplicação da lei, como ransomware, até crises de saúde pública, como a pandemia da Covid. Seus esforços dia após dia estão nos ajudando a progredir nos compromissos que assumimos como países em Los Angeles.

As cidades, no fim das contas, são onde a democracia está mais próxima de seu povo. E quando as cidades respondem às necessidades dos residentes, elas demonstram a maior força da democracia: sua capacidade de melhorar a si mesma, capacitar os cidadãos para responsabilizar seus líderes, experimentar soluções diferentes e permitir que as melhores ideias cheguem ao topo.

Estamos organizando a Cúpula das Cidades das Américas porque nossa capacidade coletiva de atender nosso povo e lidar com questões globais depende de todos vocês. É simples e direto assim. Esperamos continuar elevando suas vozes em todas as dimensões de nosso trabalho no hemisfério, inclusive na Décima Cúpula das Américas, que será realizada na República Dominicana. E é também por isso que planejamos que esta seja a primeira, mas não a última Cúpulas das Cidades, que ainda virão.

Agora, o que sabemos é isso e o que aprendi ao longo de 30 ou mais anos fazendo isso ao redor do mundo é o seguinte: em algum lugar, em alguma parte do mundo, alguém descobriu a solução para um problema que muitas pessoas estão tentando resolver; mas se não compartilharmos essa informação, se não compartilharmos esse conhecimento, todos os outros terão de continuar reinventando a roda.

Portanto, nosso sucesso em abordar as muitas questões que estamos tentando resolver agora depende das melhores ideias sendo compartilhadas entre todos vocês. E é por isso que espero que as conexões — e essa é a palavra que Mike usou — seja a palavra que volta de novo e de novo de fato. Conexões, interconectividade. Espero que as conexões que vocês fizeram aqui em Denver durem muito tempo e que vocês as usem para continuar se engajando, compartilhando ideias, compartilhando soluções.

E, como eu disse, nosso sucesso depende do compartilhamento dessas ideias entre vocês. Também depende de os governos nacionais aprenderem com vocês, incorporando as ideias e perspectivas de nossas cidades e comunidades nas políticas que estamos fazendo em nível nacional.

Então, o que pensei em fazer hoje, ao encerrarmos esta Cúpula, é compartilhar apenas três áreas em que as cidades estão liderando o caminho e onde conexões mais profundas entre cidades e governos nacionais podem fazer uma diferença profunda na vida e nos meios de subsistência de nosso povo, começando pelo primeiro assunto que vou abordar: a migração.

Ora, se vocês pararem por um minuto e pensarem sobre o momento que estamos vivendo globalmente, há mais pessoas deslocadas de suas casas em todo o mundo do que em qualquer outro momento da história: mais de 100 milhões de pessoas. Em nosso próprio hemisfério, mais de 20 milhões de pessoas estão em movimento.

De volta à Cúpula das Américas, nos reunimos para tentar enfrentar o que é um desafio migratório sem precedentes em nosso hemisfério por meio de algo que chamamos de Declaração de Los Angeles sobre Migração e Proteção, que refletiu a primeira abordagem verdadeiramente regional da questão. Vinte e um países concordaram que temos uma responsabilidade compartilhada para enfrentar o desafio da migração juntos e concordaram com um conjunto compartilhado de princípios e prioridades, entre eles a expansão da proteção para migrantes em risco.

Então, sob a liderança da prefeita Claudia López, com quem tive o grande prazer de trabalhar várias vezes — ela está aqui conosco hoje, Bogotá vem colocando esse princípio em prática desde o ano passado.

Da última vez que estive na Colômbia, tive a oportunidade de visitar uma das instalações pioneiras de integração migratória da cidade, que oferece basicamente um balcão único onde as pessoas obtêm um cartão de status de proteção temporária, se conectam a empregos, se conectam a escolas e podem se inscrever em serviços essenciais, como assistência médica.

Por causa desses esforços, Bogotá acolheu mais refugiados nos últimos anos do que qualquer outra cidade das Américas — ou, como a prefeita Claudia gosta de chamá-los, "Novos Bogotános". A Colômbia como um todo deu refúgio a mais de 2,5 milhões de venezuelanos que foram deslocados pela crise em seu país.

E porque o status de proteção que a Colômbia lhes dá permite que os venezuelanos trabalhem, eles também estão contribuindo para a economia da Colômbia, preenchendo empregos, prestando serviços, iniciando novos negócios. Esses esforços estão impulsionando o crescimento. Estão criando oportunidades tanto para colombianos quanto para venezuelanos. E estão mostrando que podemos realmente administrar a migração de forma segura e humana, e usá-la como uma oportunidade para fortalecer nossas comunidades.

Os líderes municipais também estão se empenhando para enfrentar a segunda questão sobre a qual quero falar, que é a crise climática.

Em 2019, a Bacia do Rio Mississippi — e essa é uma área que se estende por 31 dos estados dos Estados Unidos — essa Bacia sofreu inundações históricas, causando mais de US$ 6 bilhões em danos. No rescaldo, prefeitos de mais de cem cidades e vilas — liderados pelo prefeito de Memphis, Jim Strickland, e pelo prefeito de Greenville, Errick Simmons, que está aqui conosco hoje — têm ajudado a preparar suas comunidades para futuras enchentes, estão se antecipando ao próximo problema, à próxima crise.

Trabalhando lado a lado com organizações ambientais locais e globais, os prefeitos e seus parceiros estão restaurando 66 mil acres de pântanos, florestas e pântanos, e adaptando a terra para regular o fluxo de águas pluviais, com foco na construção de resiliência para comunidades que têm sido historicamente negligenciadas.

Depois de concluídas, essas terras restauradas capturarão mais de 165 mil toneladas de carbono do ar. Ora, isso é o equivalente a tirar cerca de 36 mil carros das ruas todos os anos. E seus esforços estão tornando as cidades mais resistentes às enchentes. Quando a área ao redor de St. Louis — que fica na Bacia — foi atingida por uma "chuva que ocorre uma vez a cada mil anos" em 2022, as zonas úmidas absorveram água da chuva suficiente para encher 750 piscinas olímpicas, e isso economizou milhões de dólares em danos potenciais.

Pois bem, muitas vezes as inovações no nível municipal começam com o trabalho dedicado de líderes da sociedade civil, e esse é o caso da terceira e última área sobre a qual quero falar hoje, que é a transparência em nossa governança.

Em Chihuahua, no México, membros de uma organização local sem fins lucrativos anticorrupção, Karaywah, se uniram para combater a falta de transparência no governo municipal. Em 2019, quando esta iniciativa começou, apenas cerca de 60% dos contratos municipais eram feitos com licitação. Isso fez com que muitas empresas ficassem de fora do processo de licitação — reduzindo a concorrência, aumentando os custos para os contribuintes.

A Karaywah se juntou a outras ONGs mexicanas, ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e à Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional a fim de montar uma plataforma digital que rastreia e publica contratos municipais em aberto, que acompanha o processo de licitação, que permite aos constituintes monitorar onde o dinheiro de seus impostos está sendo empregado.

Bem, 100% dos contratos municipais na cidade de Chihuahua são publicados on-line. A ferramenta foi tão bem-sucedida que agora está sendo lançada, sem custos, para 15 outros governos municipais e estaduais em todo o México — diminuindo o potencial de corrupção, aumentando a participação e a confiança das pessoas no governo, algo que é especialmente crítico nos tempos que estamos vivendo.

Problema após problema, cidade após cidade, líderes locais estão apontando o caminho para soluções eficazes. A Cúpula desta semana mostra muitas outras oportunidades promissoras para nossos povos, incluindo uma que está começando aqui em Denver.

A cidade de Denver e o Departamento de Estado assinaram um acordo de parceria na construção de sistemas de detecção precoce para acompanhar a evolução de novas drogas sintéticas, como o fentanil, a fim de que possamos desenvolver intervenções vitais antecipadamente. Compartilharemos nossas descobertas com parceiros em todo o hemisfério, para que possamos informar os esforços liderados localmente visando combater essa ameaça à saúde e à segurança pública.

Agora, esta é uma ilustração poderosa de como as soluções e respostas que estamos encontrando no nível local podem ter um impacto poderoso nos problemas nacionais e internacionais mais prementes e urgentes que enfrentamos. O fentanil nos Estados Unidos é responsável por mais mortes entre americanos de 18 a 49 anos do que qualquer outra coisa. Pense nisso por um segundo. A principal causa de morte em nosso país para americanos de 18 a 49 anos são opioides sintéticos como o fentanil.

No ano passado, apreendemos fentanil suficiente para matar todos os americanos. Essa é a escala do problema. Por definição, deve haver uma solução internacional, na qual estamos trabalhando muito no Departamento de Estado sob a orientação do presidente Biden, mas também respostas nacionais e locais. E tive a chance de ver alguns dos trabalhos incrivelmente importantes que Denver está fazendo aqui, e sou grato pela parceria que temos.

Dezenas de cidades de todo o hemisfério também se uniram para assinar a Declaração de Denver, que reflete o compromisso compartilhado de abordar os desafios enfrentados por nossas cidades, incluindo moradia acessível, migração e crise climática.

E graças à liderança do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, mais de 45 cidades também lançaram a Rede de Cidades Antirracistas, através da qual as cidades compartilharão as melhores práticas para promover a equidade e a inclusão em nossas sociedades. A discriminação rouba das democracias, inclusive da nossa democracia nos Estados Unidos, a força, a inovação, a criatividade de tantos de nossos cidadãos, que é exatamente o que precisamos para enfrentar com mais eficácia os desafios de nosso tempo. E é por isso que esforços como este são realmente importantes para capacitar toda a população.

Para fortalecer a parceria entre os prefeitos dos Estados Unidos e seus homólogos em todo o mundo, nós, do Departamento de Estado, lançamos recentemente um novo Escritório de Diplomacia Municipal e Estadual. Então, novamente, as pessoas podem perguntar, como é que temos um Escritório no Departamento de Estado para engajar em nível subnacional? Bem, esta Cúpula aqui em Denver demonstra exatamente porque era importante para nós fazer isso.

Desde outubro, a embaixadora Nina Hachigian e sua equipe têm trabalhado para construir os laços que estamos vendo se concretizarem aqui em Denver. A embaixadora Nina ocupou altos cargos na Casa Branca, no Departamento de Estado e na cidade de Los Angeles, onde foi vice-prefeita para Assuntos Internacionais. Nina e sua equipe estão aqui em Denver; se vocês ainda não tiveram a chance de se conectarem com eles, espero que aproveitem a oportunidade para fazê-lo no tempo que ainda resta.

As equipes de diplomacia municipal e estadual funcionam como um componente-chave, mas não o único componente, do envolvimento substancial do Departamento de Estado com cidades em todo o nosso hemisfério. Muitos de vocês nesta plateia têm trabalhado de perto com nossas Embaixadas em seus países, em suas cidades, em uma ampla variedade de questões — conectando os negócios de suas cidades com o setor privado dos EUA. Lançando parcerias para fortalecer nossa segurança energética compartilhada. Combatendo o tráfico de pessoas. Promovendo a saúde global. De muitas maneiras, a conectividade entre nosso Departamento e suas cidades está ajudando a produzir resultados reais.

Hoje cedo também tive a chance — e espero, novamente, que alguns de vocês, senão todos, tenham tido a oportunidade de fazer isso — tive a chance de visitar a Praça da Inovação da Cúpula, onde muitas de nossas empresas estão exibindo soluções que encontraram para os desafios que vocês estão tentando enfrentar, desde o acesso a serviços governamentais até a reciclagem, a sustentabilidade e a habitação. Essas conexões também entre as cidades e o setor privado são outra parte vital deste encontro.

Pois bem, para dar continuidade a todo esse trabalho, estamos dedicando recursos adicionais ao nosso envolvimento com as cidades. Ontem lançamos algo chamado Cidades Arrojadas (Cities Forward), uma iniciativa para ajudar as cidades a construir um futuro sustentável, inclusivo e resiliente. Por meio desse programa, que estamos executando com nossos parceiros de implementação Iclei, Catalisador de Cidades Resilientes e Instituto das Américas, começaremos conectando 12 cidades americanas aqui nos Estados Unidos com 12 cidades latino-americanas e caribenhas a fim de que possam compartilhar diretamente experiências e lições sobre tudo, desde como estão encontrando novas maneiras de reduzir a poluição do ar e da água até projetar sua infraestrutura para resistir melhor a desastres naturais mais intensos e frequentes.

Também apoiaremos as cidades participantes com financiamento e assistência técnica visando desenvolver e implementar planos de ação de sustentabilidade que beneficiem todos os seus constituintes, incluindo aqueles de comunidades carentes. E embora estejamos começando com 24 cidades, planejamos compartilhar nossas descobertas com cidades em todo o hemisfério para que o que aprendermos com essa iniciativa possamos usar e dimensionar. Estou fazendo um pequeno anúncio — o aplicativo para o Cidades Arrojadas já está no ar. Considerem participar.

Como todos sabem, já existe uma enorme colaboração em comunidades de todo o nosso hemisfério. Para citar apenas um exemplo, veja o trabalho que está sendo feito aqui em Denver pelas líderes comunitárias Kristin Lacy e Vivi Lemus, que também estão aqui conosco hoje.

Quando se conheceram, Kristin e Vivi perceberam o quanto tinham em comum. Vivi nasceu na Guatemala; Kristin passou anos trabalhando lá. Elas adoravam duas coisas: café e cozinhar. Elas compartilharam o sonho de criar um espaço para construir uma comunidade entre falantes de espanhol e inglês. Então, começaram a guardar suas economias. Elas obtiveram financiamento de credores locais. Um colega empresário deu a dica sobre um espaço aberto e os líderes municipais intervieram para ajudá-las a conseguir o tal espaço.

No ano passado, Kristin e Vivi abriram o Convivio Café, a primeira cafeteria bilíngue de propriedade de imigrantes e mulheres em Denver. Elas adquirem seu café diretamente de produtores guatemaltecos. Isso permite que os agricultores ganhem até quatro vezes mais do que ganhariam de outra forma, e elas colocaram nas paredes do café arte que apresenta a cultura guatemalteca aos clientes.

Conexões como essas estão gerando benefícios tangíveis para as pessoas em todos os nossos países — através de maiores exportações e empregos bem remunerados que respeitam os direitos trabalhistas, que dão aos trabalhadores uma chance justa de progredir, sustentando suas famílias e suas comunidades. Essas parcerias já estão sendo construídas — não apenas entre nossas pessoas e empresas, mas também governos municipais e nacionais, sindicatos, sociedade civil e organizações multilaterais.

Estamos cada vez mais unidos através dessas conexões, e o mais importante é que estamos colocando elas para funcionar, para enfrentar os desafios de nosso tempo, os desafios que temos de enfrentar se quisermos fazer diferença significativa nas vidas e nos meios de subsistência de nossos concidadãos.

O presidente Biden disse em mais de uma ocasião que temos tudo o que precisamos para apresentar resultados ao nosso povo aqui mesmo em nosso próprio hemisfério — e o trabalho liderado por cidades em toda a região, que você compartilhou ao longo desta Cúpula, mostra exatamente como nós estamos fazendo isso.

Então, para cada um de vocês que participou esta semana, e para cada um de vocês que não está apenas participando esta semana, mas se engajando todos os dias nestes esforços, obrigado. Obrigado pela liderança, obrigado pela parceria, obrigado pelo trabalho que estamos fazendo juntos enquanto construímos um futuro compartilhado mais seguro e próspero nas Américas. Eu, por exemplo, estou ansioso para ver tudo o que podemos realizar para nosso povo e para nosso hemisfério nos próximos meses e anos, acompanhando tudo o que aconteceu esta semana aqui em Denver. Obrigado a todos vocês.


Veja o conteúdo original: https://www.state.gov/secretary-antony-j-blinken-keynote-remarks-at-the-cities-summit-of-the-americas-closing-plenary/

Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.


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