Tuesday, August 19, 2025

Secretário de Estado, Marco Rubio, concede entrevista a Jesse Watters, do programa Jesse Watters Primetime, na Fox News

Department of State United States of America

Tradução cortesia do Departamento de Estado dos Estados Unidos



ENTREVISTA

MARCO RUBIO, SECRETÁRIO DE ESTADO
WASHINGTON, DC

PERGUNTA: O secretário de Estado, Marco Rubio, está conosco agora. Certo, secretário, o senhor esteve na sala esta tarde com o presidente Trump, Zelensky e todos os líderes europeus. Houve algum momento importante? 

SECRETÁRIO RUBIO: Bem, acredito que todo o evento foi um marco, realmente sem precedentes, considerando que tantos líderes europeus vieram aqui — sete deles estavam presentes, incluindo o chefe da Otan e a presidente da Comissão Europeia. E todos concordaram: após três anos de impasse, sem negociações e sem mudanças, esta é a primeira vez que parece haver algum progresso.

Veja bem, essa é uma guerra complicada. Não há dúvida sobre isso. Quero dizer, ela já dura três anos e meio. Muitas pessoas morreram, muitos territórios foram alternadamente ocupados, tornando difícil reverter a situação. Mas nada estava acontecendo nessa guerra, literalmente. A única opção que nos foi dada pelo governo anterior era continuar financiando a Ucrânia pelo valor que fosse necessário e pelo tempo que fosse preciso, e agora há pessoas realmente falando sobre caminhos para pôr fim a isso.

Agora, isso vai exigir um pouco mais de trabalho e um pouco mais de tempo, mas estamos avançando. Não sou eu que o digo. Praticamente todos os líderes presentes hoje disseram isso diante das câmeras, e estão dizendo isso por um motivo, porque é verdade, estão vendo acontecer e também têm feito parte disso.

PERGUNTA: Então, essas nações europeias — e algumas delas são países da Otan — estão dispostas a enviar tropas para a Ucrânia a fim de consolidar esse acordo de paz? Isso tornaria a Ucrânia uma espécie de aliada da Otan?

SECRETÁRIO RUBIO: Bem, o que está sendo contemplado — veja, qualquer país soberano no mundo tem o direito de firmar alianças de segurança com outros países. Não é apenas a Otan. Temos alianças desse tipo com a Coreia do Sul. Temos com o Japão. Outros países têm alianças entre si. E então acredito que todos reconheceriam — incluindo, aliás, pela primeira vez o lado russo, sob a pressão ou sugestão do presidente Trump — que, de fato, a Ucrânia pós-conflito tem o direito de firmar acordos de segurança com outros países.

E trabalharemos com nossos aliados europeus e, aliás, com países não europeus, visando construir essa garantia de segurança. Estamos trabalhando nisso agora. Continuaremos trabalhando nisso. E isso será algo que terá de estar em vigor após um acordo de paz, para que a Ucrânia possa se sentir segura a fim de seguir em frente. E estamos coordenando isso neste momento. Estamos envolvidos na coordenação disso.

Sim, há vários países dispostos a dar um passo à frente e fornecer garantias de segurança à Ucrânia. Porém, como os ucranianos já nos disseram, e creio que também afirmaram isso publicamente, a garantia de segurança mais forte que podem oferecer para seu futuro é ter um exército forte daqui para frente, e essa é a outra dinâmica que mudou. Já não estamos fornecendo armas à Ucrânia. Já não estamos fornecendo dinheiro à Ucrânia. Agora estamos vendendo armas para eles, e países europeus estão pagando por isso através da Otan. Eles recorrem à Otan para comprar as armas e transferi-las para a Ucrânia. Essa é outra grande mudança em relação à forma como essa guerra foi abordada há pouco tempo — por exemplo, durante o governo Biden.

PERGUNTA: Com certeza. E o acordo sobre minerais também é uma boa garantia de segurança.

SECRETÁRIO RUBIO: Correto.

PERGUNTA: Outra maneira. O senhor estava presente na sala quando o presidente conversou com Vladimir Putin?

SECRETÁRIO RUBIO: Eu estava, eu estava. E nessa conversa, o que resultou foi que o presidente sugeriu que Zelensky e Putin se reunissem, então estamos trabalhando nisso agora para tentar marcar uma reunião entre eles em algum lugar, o que, novamente, seria algo sem precedentes. E então, se tudo correr bem, esperamos que a próxima reunião seja entre os presidentes Putin, Trump e Zelensky, onde esperamos finalizar um acordo. Ainda não chegamos lá, mas é isso que estamos buscando e essa é uma das coisas que foi discutida hoje, como chegar a esse ponto.

Mas só o fato de Putin dizer: "Claro, vou me reunir com Zelensky", já é algo muito importante. Ou seja, não estou dizendo que eles vão sair daquela sala como melhores amigos. Não estou dizendo que vão sair daquela sala com um acordo de paz. Mas acredito que o fato de as pessoas agora estarem conversando entre si, isso não acontecia há três anos e meio. Essa foi uma guerra estagnada de morte e destruição.

E permita-me dizer uma coisa. Este presidente odeia guerras e ele — ele as odeia. Ele acredita que é um desperdício de dinheiro e de vidas, e ele tem feito disso uma prioridade — o presidente Trump fez — buscar a paz. Se ele identificar uma oportunidade de intervir e mediar a paz, ele quer fazê-lo. Ele já conseguiu isso seis vezes em seis meses, e quer conseguir isso também com a Ucrânia e a Rússia.

PERGUNTA: Então, o cronograma, ao que parece, idealmente, é Vladimir Putin se reunir com Zelensky e, em seguida, o presidente Trump, Zelensky e Vladimir Putin se reunirem os três e, com sorte, consolidar algum tipo de acordo de paz nesse momento. A questão da devolução das terras parece ser o ponto de impasse. Será esse o principal ponto de impasse? A Rússia querer manter as terras que tomou militarmente? E como contornar isso? Como está a negociação nesse caso? 

SECRETÁRIO RUBIO: Sim, creio que não é útil entrar em todos os detalhes, obviamente, porque essas negociações, francamente, funcionam melhor quando são feitas de forma privada e em um ambiente de negociação. Mas, veja, creio que todos nós entendemos que —

PERGUNTA: O quê? O senhor não quer fazer isso em rede nacional no programa Jesse Watters Primetime, secretário? Quero dizer, isso é uma loucura.

SECRETÁRIO RUBIO: (Risos.) Não. Ah, bem, seremos mais do que — quando tivermos um acordo, com certeza vou descrevê-lo para você.

PERGUNTA: Certo.

SECRETÁRIO RUBIO: Mas veja, é por isso que é necessário dar espaço para esses caras trabalharem. Quero dizer, eles têm suas próprias bases eleitorais, okay? Eles têm suas próprias considerações, e não convém entregar o poder de negociação de um dos lados nesse sentido. Mas permita-me dizer apenas o seguinte: acredito que todos entendem que um dos elementos-chave para concretizar isso é que a Ucrânia precisa se sentir segura a fim de seguir em frente. Em essência, eles precisam acreditar que, ao final desta guerra, estarão em condições de nunca mais serem invadidos.  

Acredito que o que também é verdade — e acho que é senso comum, e não sei por que é tão difícil para muitas pessoas entenderem — é que em qualquer negociação para pôr fim a uma guerra ou a qualquer conflito, será necessário que ambos os lados recebam, mas também cedam. Em essência, um lado não vai conseguir 100% aqui. Cada lado terá de fazer algumas concessões. E, obviamente, a questão das terras ou de onde se traçam essas linhas — onde a guerra termina — fará parte dessa conversa. E não é fácil, e talvez nem seja justo, mas é o que é preciso para pôr fim a uma guerra. E isso tem sido verdade em todas as guerras.

As únicas guerras que não terminam dessa forma são aquelas em que há rendição incondicional de um lado ou de outro, e não veremos isso nesse conflito. Então, obviamente, essa questão será discutida, e o presidente tem sido muito claro. No final, como essas linhas vão ficar cabe a Putin, a Zelensky e ao lado ucraniano decidir o que cada um deles pode aceitar. Estaremos lá para facilitar isso, tornar isso possível e garantir que ambos os lados estejam conversando. 

E, a propósito, o presidente Trump é o único líder no mundo — reconhecido por todos os europeus — o único líder no mundo que pode conversar com ambos e levá-los a uma reunião é Donald J. Trump, o presidente dos Estados Unidos. Ele é o único. E o fato de ele estar disposto a fazer isso é algo que todos os americanos, inclusive os democratas, deveriam estar felizes por termos um presidente da paz; deveríamos estar orgulhosos de termos um presidente que tem feito da paz uma prioridade em seu governo.

PERGUNTA: Com certeza. E acredito que Zelensky simbolicamente já está fazendo algumas concessões, porque ele colocou uma espécie de terno. Então isso é progresso, secretário.

SECRETÁRIO RUBIO: Ficou bom, não é?

PERGUNTA: Acho que ficou ótimo.

SECRETÁRIO RUBIO: Sim. Sim, ele ficou ótimo.

PERGUNTA: Gostamos de ver isso.

SECRETÁRIO RUBIO: Sim.

PERGUNTA: Bem, ótimo trabalho, e mantenha esse excelente trabalho. Sei que é difícil, mas parece que há muito ímpeto aqui.

SECRETÁRIO RUBIO: Obrigado.


Veja o conteúdo original: https://www.state.gov/releases/office-of-the-spokesperson/2025/08/secretary-of-state-marco-rubio-with-jesse-watters-of-jesse-watters-primetime-on-fox-news/ 

Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial. 


This email was sent to stevenmagallanes520.nims@blogger.com using GovDelivery Communications Cloud on behalf of: Department of State Office of International Media Engagement · 2201 C Street, NW · Washington, DC · 20520 GovDelivery logo

No comments:

Page List

Blog Archive

Search This Blog

Drug Trafficking News Update

Offices of the United States Attorneys You are subsc...