Wednesday, December 4, 2024

Secretário Antony J. Blinken em uma coletiva de imprensa

Department of State United States of America

Tradução cortesia do Departamento de Estado dos Estados Unidos



PRONUNCIAMENTO

Antony J. Blinken, secretário de Estado
Sede da ONU
Bruxelas, Bélgica

SECRETÁRIO BLINKEN:  Bem, boa tarde a todos. Esta é minha última reunião ministerial da Otan como secretário de Estado; portanto, entregarei minhas chaves de nosso apartamento em Bruxelas hoje e espero receber o depósito de segurança de volta depois de quatro anos. Falando sério, sou grato a todos os meus colegas aqui na Otan — os representantes permanentes, os ministros das Relações Exteriores, o secretário-geral, toda a equipe — por quatro anos extraordinários, um trabalho extraordinário que pudemos fazer juntos visando fortalecer a segurança, o bem-estar de todos os cidadãos que temos o privilégio de representar. E quero agradecer especialmente ao secretário-geral Rutte, que começou a todo vapor e já está fazendo um trabalho notável liderando esta Aliança. Tenho tremenda confiança no futuro da Aliança sob sua liderança.

Quando comecei como secretário de Estado, a Otan tinha um Conceito Estratégico que considerava a Rússia uma parceira, não mencionava a China, não apreciava totalmente ou lidava com ameaças urgentes como as cibernéticas e as climáticas. Aqui, em 2021, estabeleci a visão do presidente Biden a fim de revitalizar e modernizar esta Aliança. E nos quatro anos desde então, a Aliança já empreendeu as reformas mais significativas e o fortalecimento mais significativo verificados em décadas. Aqui estamos, quase quatro anos depois — a Otan é maior, é mais forte, e possui mais recursos para enfrentar os desafios que virão.

Nada disso era inevitável. Aconteceu graças à liderança do presidente Biden, a nosso engajamento diplomático sustentado e à construção de um senso de unidade e propósito compartilhados. Temos um novo Conceito Estratégico da Otan. Ele reconhece a Rússia como a ameaça mais direta à Aliança, ao mesmo tempo em que destaca o novo ambiente de segurança em que estamos operando com ameaças da República Popular da China, desafios transnacionais — de tecnologias emergentes e disruptivas, mudanças climáticas, terrorismo. Em 2020, nove de nossos Aliados estavam cumprindo a promessa que fizeram na Cúpula do País de Gales em 2014 de gastar 2% do PIB em defesa — apenas nove. Hoje são 23, e o restante dos aliados está a caminho de cumprir esse compromisso do País de Gales.

Adicionamos dois novos Aliados na Finlândia e na Suécia, fortalecendo imensamente nossa Aliança para o futuro. E a própria Aliança tem fortalecido nossa capacidade de defesa e dissuasão. Dobramos nossa presença no flanco oriental. Temos atualizado nossa estrutura de comando. Temos novos planos de defesa que estamos implementando. Reforçamos capacidades em todos os domínios, incluindo o ciberespaço e o espaço sideral. Esses compromissos duradouros, esses investimentos duradouros ajudarão a fornecer segurança para nossos cidadãos por muitos e muitos anos.

Pois bem, pode não haver melhor ilustração da unidade e determinação de Aliados do que o apoio inabalável que demonstramos à Ucrânia desde a agressão russa. Putin repetidamente tem tentado desestabilizar nossa determinação, bem como a determinação do povo ucraniano. Isso não aconteceu; não vai acontecer. Nas últimas semanas, a Rússia se envolveu em escaladas perigosas, incluindo levar mais de 10 mil tropas norte-coreanas para a luta, diminuindo o limite para o uso de armas nucleares em sua doutrina, lançando mísseis balísticos de alcance intermediário com capacidades nucleares potenciais, aumentando ameaças contra a Ucrânia e seus parceiros, continuando a atacar implacavelmente a rede elétrica, usando o inverno como arma, tentando apagar as luzes e congelar as pessoas em suas próprias casas.

No entanto, hoje, mais de mil dias após a invasão em larga escala, a Ucrânia continua forte, e a Otan permanece forte com a Ucrânia. Nós temos fornecido, por meio da Otan, suporte não letal crucial. Criamos o Conselho Otan-Ucrânia, que se reuniu novamente aqui em Bruxelas. Lançamos um novo comando, o comando de Assistência e Treinamento de Segurança da Otan para a Ucrânia, com o objetivo de coordenar esforços futuros e ajudar a acelerar o caminho da Ucrânia para a adesão. Os Estados Unidos têm aumentado nossos próprios recursos e assistência de segurança visando continuar a ajudar a construir as defesas aéreas da Ucrânia, sua artilharia, seus veículos blindados. Estamos determinados — e é totalmente minha intenção e a intenção do presidente — a gastar cada centavo que temos disponível dos US$ 61 bilhões que foram autorizados pelo Congresso na dotação suplementar.

Com o G7, estamos finalizando a retirada de US$ 50 bilhões garantidos por ativos russos congelados. Concomitantemente, Aliados da Otan e parceiros da Otan estão compartilhando o ônus e assumindo ainda mais a responsabilidade. A Alemanha, por exemplo, acaba de fazer um compromisso de US$ 680 milhões em nova ajuda militar. A Bulgária, a República Tcheca, a Suécia, entre outros, estão fornecendo pessoal para esse novo comando da Otan. Ao todo, os Estados Unidos já forneceram US$ 102 bilhões em assistência à Ucrânia, a nossos aliados e parceiros, US$ 158 bilhões. E como eu disse muitas vezes anteriormente, esse pode ser o melhor exemplo de compartilhamento de ônus que já vi nos 32 anos em que venho fazendo isso.

E, claro, quando se trata de nosso próprio investimento, a maior parte tem sido investida em nossa própria base industrial de defesa visando produzir armas que a Ucrânia precisa, mas esses investimentos estão fortalecendo nossa base industrial de defesa e estão proporcionando bons empregos nos Estados Unidos. Demos as boas-vindas ao ministro das Relações Exteriores da Ucrânia aqui na Otan, junto com a nova alta representante da UE, Kaja Kallas, e ao fazer isso, reafirmamos o compromisso com a defesa da Ucrânia e com seu caminho irreversível para a adesão à Otan e à UE. Continuamos coordenando com o intuito de garantir que a Ucrânia tenha o dinheiro, as munições e as forças mobilizadas a fim de lutar conforme necessário no próximo ano — ou para ser capaz de negociar, mas de uma posição de força.

A Ucrânia também mostra que a segurança europeia e a segurança indo-pacífica estão interligadas. Nos últimos quatro anos, tivemos uma convergência sem precedentes entre os Aliados no tocante aos desafios que a China representa para a segurança transatlântica, e isso inclui seu apoio crucial à base industrial de defesa da Rússia, o que permite a agressão contínua da Rússia e intensifica o que é a maior ameaça à segurança europeia desde o fim da Guerra Fria. Mas essa crescente convergência aqui na Europa sobre os desafios representados tanto pela Rússia quanto, de diferentes maneiras, pela China e, portanto, a crescente colaboração entre aliados e parceiros na área transatlântica e no Indo-Pacífico, é uma marca registrada dos últimos quatro anos.

À medida que essas ameaças evoluem, à medida que transcendem regiões, aumentamos significativamente o engajamento além da Otan, desde o Indo-Pacífico ao Ártico e até o flanco sul da Otan, reforçando uma abordagem de 360 ​​graus. O rei Abdullah esteve aqui conosco ontem, e ficamos muito felizes em tê-lo na reunião ministerial. Estamos ansiosos para abrir o Escritório de Ligação da Otan em Amã no ano que vem — será o primeiro na região — com o objetivo de fortalecer ainda mais a relação entre a Otan e o Oriente Médio. Porém, o que quero enfatizar é isto: todos esses esforços não estão levando a Otan para fora da região; quem está fora da região é que tem vindo até a Otan. E é por isso que é tão imperativo que trabalhemos juntos com o intuito de fortalecer nossas competências, fortalecer nossa capacidade, fortalecer nosso foco nesses diferentes desafios, porque eles estão tendo um efeito dentro da comunidade transatlântica. 

Essa evolução é essencial para que a Otan possa continuar a se adaptar ao mundo como ele já é e como o vemos evoluindo. Estamos em um momento crucial para a Ucrânia e para a defesa dos valores transatlânticos nos quais esta Aliança foi fundada. Nos últimos quatro anos, como disse, houve avanços históricos em direção ao fortalecimento da Aliança, o que tornou os Estados Unidos e o mundo mais seguros. Creio que este é um momento para cada Aliado ser proativo e não se afastar.

Cada dólar que os Estados Unidos investem em nossa segurança compartilhada — seja aprofundando as defesas cibernéticas, seja fortalecendo nossa base industrial de defesa — é um investimento que se reverte em benefício de pessoas em toda a Aliança agora e nos próximos anos. Uma Otan mais forte significa mais competências para deter agressões, Aliados mais eficazes para enfrentar desafios mais complexos e a paz e estabilidade que permitem que nosso povo busque vidas mais plenas.

E talvez esse seja o ponto final e mais importante, e quero enfatizar isso. Nos Estados Unidos, em toda a Europa, em todo o mundo, as pessoas querem paz. Não querem guerra. Querem evitar conflitos. E o que é tão importante entender sobre esta Aliança é de onde ela veio e qual é seu propósito.

A Otan se uniu após duas guerras mundiais como parte de uma série de instituições que foram construídas visando tentar garantir que nunca tivéssemos outra conflagração global. E o que é tão único sobre a Otan é o pacto que cada um de seus membros faz de que um ataque a um é um ataque a todos. O que é tão poderoso sobre isso é que diz a qualquer agressor em potencial: se vier atrás de um de nós, terá de lidar com todos nós. Esse é o impedimento mais poderoso para que uma guerra comece em primeiro lugar. Esse é o impedimento mais poderoso contra a agressão. Não é uma surpresa que a Rússia não tenha atacado diretamente um membro da Otan.

Portanto, quando todos nós falamos sobre esse desejo poderoso de evitar conflitos, de prevenir guerras, de ter paz, a melhor maneira de fazer isso é por meio de investimentos contínuos na Aliança defensiva mais bem-sucedida do mundo, que é a Otan. Obrigado.

(…)


Ver o conteúdo original: https://www.state.gov/secretary-antony-j-blinken-at-a-press-availability-55/

Esta tradução é oferecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.


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