Tuesday, November 26, 2024

Secretário Antony J. Blinken em uma coletiva de imprensa

Department of State United States of America

Tradução cortesia do Departamento de Estado dos Estados Unidos



Pronunciamento

ANTONY J. BLINKEN, SECRETÁRIO DE ESTADO
Teatro Municipal
Fiuggi, Itália

SECRETÁRIO BLINKEN: Em primeiro lugar, gostaria de dizer o seguinte. Como tenho certeza de que todos estão acompanhando, estamos na fase final de garantir um acordo de cessar-fogo para o Líbano. Ainda não chegamos lá, mas acredito que estamos na fase final. Esse tem sido um esforço diplomático intenso dos Estados Unidos, de parceiros como a França, trabalhando com Israel, trabalhando com o Líbano, ao longo de muitos meses. E se chegarmos à conclusão que eu espero que cheguemos muito em breve, isso fará uma grande diferença. 

Isso fará uma grande diferença para salvar vidas e meios de subsistência no Líbano e em Israel. Fará uma grande diferença na criação de condições que permitirão que as pessoas voltem para suas casas em segurança no norte de Israel e no sul do Líbano. E também acredito que, ao diminuir as tensões na região, isso também pode nos ajudar a encerrar o conflito em Gaza; em particular, o Hamas saberá que não pode contar com a abertura de outras frentes de guerra. Portanto, estamos acompanhando isso de perto, e espero e acredito que conseguiremos chegar à reta final. 

Agora vamos aos assuntos do G7. Este é meu último G7 como secretário de Estado, e quero começar agradecendo a todos os meus colegas do G7, que têm sido colegas extraordinários e se tornaram bons amigos ao longo desses quatro anos. Aqui na Itália, quero agradecer especialmente ao meu amigo, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, e também à primeira-ministra (Georgia) Meloni, tanto por sua liderança no G7 enquanto a Itália esteve na presidência, mas também porque, nos últimos anos, construímos a parceria mais sólida possível entre a Itália e os Estados Unidos. E isso é, em grande parte, um tributo à liderança que vimos da primeira-ministra, do ministro das Relações Exteriores e, é claro, do presidente Biden. 

Nos últimos quatro anos, parceiros do G7 têm enfrentado um momento de provações sem precedentes, e transformamos o grupo em uma comissão de coordenação para as principais democracias do mundo. Também fortalecemos os laços com nossos parceiros além do G7 — no Indo-Pacífico, no Oriente Médio e em outras regiões — a fim de que possamos trabalhar juntos e encontrar soluções comuns para desafios comuns.

Nosso trabalho tem mostrado que, quando nos unimos, quando agimos com um objetivo comum, podemos melhorar a vida das pessoas que representamos e, de fato, melhorar a vida das pessoas em todos os lugares. Aumentamos o investimento global em segurança alimentar. Fizemos o mesmo com relação à infraestrutura sustentável. Desenvolvemos regras comuns de conduta para a inteligência artificial. Geramos compromissos e investimentos ambiciosos para a implantação de energia limpa e muito mais.

Hoje, nossos parceiros do G7 prometeram apoio inabalável à Ucrânia até 2025, dando continuidade ao que tem sido uma parceria verdadeiramente sem precedentes — compartilhando o fardo, determinados a fazer tudo o que pudermos para ajudar a Ucrânia a lidar com a agressão russa em curso.

Os EUA continuam a aumentar a assistência de segurança com o objetivo de reforçar as defesas da Ucrânia no leste e de responder ao agravamento por parte da Rússia e, em especial, agora, ao envolvimento de tropas da Coreia do Norte. 

E permitam-me dizer em relação a isso que esse é um assunto de grande preocupação para todos os membros do G7, tanto pelo que significa para a Ucrânia, quanto pelo que significa para a segurança europeia em geral, mas também pelo que significa no Indo-Pacífico. Vemos que a segurança entre o Indo-Pacífico e a comunidade euro-atlântica está unificada. A relação entre a Rússia e a Coreia do Norte é uma via de mão dupla. Vemos o que a Coreia do Norte está fazendo pela Rússia na Ucrânia neste momento com as tropas, mas também estamos atentos ao que a Rússia está fazendo e pode estar fazendo pela Coreia do Norte, incluindo o possível aumento de sua capacidade nuclear e de mísseis. Portanto, essa era uma preocupação compartilhada entre todos os parceiros do G7. 

Mas em nosso apoio à Ucrânia, também estamos finalizando a liberação dos US$ 50 bilhões que haviam sido garantidos com base nos ativos soberanos russos que estão congelados. Na semana passada, os Estados Unidos divulgaram suas últimas sanções ao setor financeiro da Rússia, incluindo o Gazprombank. E creio que podemos prever novas ações também por parte de países do G7. 

O G7 e países parceiros já destinaram mais de US$ 2 bilhões ao setor de energia da Ucrânia desde que a Rússia intensificou seus ataques a esse setor. À medida que nos aproximamos do inverno, temos doadores do G7+ apoiando, entre outras coisas, reparos em usinas elétricas danificadas a fim de restaurar mais de dois gigawatts de capacidade de geração, a entrega de mais de 18 mil geradores para ajudar a aquecer casas, hospitais e escolas.

O G7 também tem liderado a pressão global por compromissos de segurança duradouros com a Ucrânia. Vinte e sete países já assinaram acordos bilaterais de segurança com a Ucrânia com o intuito de ajudar a garantir sua capacidade de dissuasão e defesa ao longo da próxima década.

Hoje, o G7 teve a oportunidade de conversar com o ministro das Relações Exteriores Sybiha sobre essas e outras linhas de esforço visando garantir ainda mais o fortalecimento da posição militar e econômica da Ucrânia até 2025. Estamos determinados a garantir que a Ucrânia tenha o dinheiro, as munições e as forças mobilizadas para lutar efetivamente em 2025 ou para negociar, mas em uma posição de força. 

Também temos dado continuidade aos esforços do G7 de promover um Indo-Pacífico livre e aberto. Como mencionei, esse foco hoje na presença de tropas norte-coreanas na agressão que a Rússia está cometendo contra a Ucrânia, passamos muito tempo focados nisso, mas também no apoio contínuo da China à base industrial de defesa da Rússia — tudo isso está permitindo que a Rússia continue a agressão contra a Ucrânia e ambos nos fazem lembrar de que a segurança europeia e do Indo-Pacífico estão conectadas. E uma das marcas registradas de nosso governo tem sido construir pontes entre a Europa, o Indo-Pacífico e outras regiões, porque muitas das questões que temos de enfrentar são questões compartilhadas, preocupações compartilhadas, sejam elas desafios e ameaças, ou sejam oportunidades. 

O G7 está cada vez mais alinhado com nossa visão dos riscos econômicos e de segurança impostos pela República Popular da China, as políticas que o país está buscando, mesmo que reconheçamos a necessidade de engajamento construtivo. Ao longo de quatro anos, forjamos uma convergência muito maior, mais do que nunca, em abordagens comuns para a China — um compromisso compartilhado, por exemplo, com a redução de riscos econômicos e de segurança, lidando com o excesso de capacidade e práticas comerciais injustas advindas de Pequim, focados juntos em controles de exportação relativos a tecnologia mais sensível, trabalhando juntos na triagem de investimentos, enfrentando a coerção econômica, desenvolvendo a segurança do fornecimento de minerais, das cadeias de suprimentos de forma mais geral e de sua resiliência de segurança, e ajudando a construir juntos infraestrutura sustentável em todo o mundo. 

O ponto principal é este: somos muito mais fortes, somos muito mais eficazes, quando agimos em conjunto, não sozinhos. E apenas para citar o exemplo óbvio na área econômica quando lidamos com políticas de interesse por parte da China, qualquer um de nossos países agindo sozinho em comparação a quando agimos juntos simplesmente não pode ser tão eficaz. No caso dos Estados Unidos, representamos cerca de 20% do PIB mundial. Quando agimos juntos com nossos parceiros do G7, é mais como 50%, e esse peso é um peso que não pode ser ignorado.

Como resultado dos investimentos históricos que temos feito em nosso país, nos Estados Unidos, bem como em nossas parcerias no exterior, agora estamos nos engajando com a China e os desafios que ela representa advindos de uma posição de força, e isso é algo que poderemos delegar ao próximo governo.

Também passamos um tempo discutindo a oportunidade e, de fato, a necessidade de acabar com os conflitos no Oriente Médio e estabelecer as bases para uma paz mais duradoura agora que Israel atingiu seus objetivos estratégicos após o 7 de Outubro. Em Gaza, continuamos comprometidos em levar os reféns para casa e acabar com a crise humanitária que crianças, mulheres e homens de Gaza enfrentam todos os dias.

Concordamos com parceiros árabes que não podemos acabar com o conflito sem um plano para o pós-conflito — algo em que estamos trabalhando intensamente enquanto falamos.

Também reiteramos profunda preocupação com as atividades nucleares do Irã e a total e contínua falta de cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica.

Outra área importante de foco nos últimos dois dias é o Sudão — a pior crise humanitária do mundo. Essa guerra horrível tem causado sofrimento para dezenas de milhões de pessoas, mais de 20 milhões forçadas a fugir de atrocidades, enfrentando fome, enfrentando violência. Ontem, tive a oportunidade de visitar o Programa Mundial de Alimentação e obter um relato atualizado sobre a situação in loco e o que eles estão enfrentando em termos de tentar proporcionar assistência às pessoas necessitadas.

Pois bem, realizamos alguns avanços nas últimas semanas, particularmente em termos de acesso humanitário. Hoje, o Programa Mundial de Alimentação anunciou que, pela primeira vez desde que o conflito começou, eles estão enviando caminhões para áreas isoladas em decorrência da fome, como Zamzam, um acampamento para pessoas deslocadas internamente. Com parceiros, também temos realizado avanços visando expandir o acesso vital a alimentos e a medicamentos de emergência em outros lugares, incluindo a abertura da passagem de fronteira de Adre e o estabelecimento de voos humanitários.

Tive uma reunião muito boa com parceiros de Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egito sobre os próximos passos que todos nós endossaremos e precisaremos tomar. O G7 e seus parceiros, como esses países, estão comprometidos em expandir o acesso humanitário no Sudão e, concomitantemente, trabalhar a fim de acabar com o conflito e o sofrimento do povo sudanês.

Também abordamos esforços com o intuito de mitigar outros conflitos e outros desafios humanitários ao redor do mundo. Concordamos com a necessidade de continuar aumentando o apoio à missão de Apoio à Segurança Multilateral no Haiti para o contingente que está no país, bem como para a Polícia Nacional Haitiana, e sobre a importância de transformar essa missão em uma operação formal de manutenção da paz.

Também trabalhamos para garantir forças de manutenção da paz que fazem acompanhamento eficaz na Somália.

Muitas outras coisas estavam na pauta. Eu só queria focar nelas e concluir dizendo que, de meu ponto de vista, esses últimos dois dias e, na verdade, esses últimos quatro anos são um lembrete de que podemos navegar em um mundo cada vez mais complexo de forma muito mais eficaz quando fazemos isso juntos, quando trabalhamos com parceiros, com aliados.

O G7 tem nos preparado para o sucesso em questões que importam a cidadãos de cada um de nossos países e que importam a pessoas ao redor do mundo. Nosso maior ativo estratégico, nosso multiplicador de força mais significativo, individual e coletivamente, é nossa capacidade de nos unir e trabalhar em torno de uma causa comum, e de meu ponto de vista, isso nunca foi tão importante. Continua sendo essencial que continuemos trabalhando juntos a fim de obter resultados visando beneficiar pessoas que temos a honra e o privilégio de representar.

Obrigado. E com isso, terei prazer em responder algumas perguntas.

(…)


Veja o conteúdo original: https://www.state.gov/secretary-antony-j-blinken-at-a-press-availability-54/ 

Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.


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