Friday, October 11, 2024

Trechos do pronunciamento do secretário Antony J. Blinken em uma coletiva de imprensa

Department of State United States of America

Tradução cortesia do Departamento de Estado dos Estados Unidos



PRONUNCIAMENTO

ANTONY J. BLINKEN, SECRETÁRIO DE ESTADO
CENTRO AMERICANO
VIENTIANE, LAOS

SECRETÁRIO BLINKEN: Boa tarde a todos. Gostaria de começar agradecendo ao primeiro-ministro Sonexay e ao ministro das Relações Exteriores Saleumxay por sua calorosa hospitalidade, e também por sua excelente organização da Asean, com o Laos na liderança no ano passado.

Mas permitam-me também começar, mais apropriadamente, dizendo que, é claro, nossa atenção, nosso foco e nossos corações também estão com os muitos americanos do sudeste dos Estados Unidos que foram afetados, primeiro, pelo furacão Helene e pelo furacão Milton. Muitas pessoas na região ainda estão se recuperando aqui dos estragos deixados pelo tufão do mês passado, e estamos pensando nelas também. Mas creio que isso apenas ressalta nossa humanidade comum. Temos tantas pessoas nesta região que foram afetadas pelo tufão, tantas pessoas em nosso país que foram afetadas pelos furacões. E houve muitas expressões mútuas de solidariedade e apoio entre nós hoje. 

Já fiz 20 viagens ao Indo-Pacífico durante meu mandato atual e visitei oito dos dez países da Asean. Estou aqui no Laos porque — como o presidente Biden costuma dizer — grande parte de nosso futuro será escrito no Indo-Pacífico.   

Reconhecendo essa realidade, há quase três anos, os Estados Unidos definiram uma estratégia ambiciosa com o intuito de promover uma visão compartilhada de uma região do Indo-Pacífico livre, aberta, próspera, conectada, segura e resiliente. Hoje, graças a muita diplomacia nesses últimos três anos e meio, os Estados Unidos e nossos parceiros do Indo-Pacífico estão mais próximos e mais alinhados do que nunca — e esse é certamente o caso da Asean.

Em 2022, o presidente Biden prometeu o que chamou de uma "nova era" nas relações entre os EUA e a Asean. Juntos, elevamos nossa relação a uma Parceria Estratégica Abrangente. Expandimos nossa colaboração em prioridades de longa data, como questões econômicas e de defesa, mas também lançamos muitas iniciativas novas em muitas áreas novas — desde saúde pública à energia limpa e à igualdade das mulheres — reafirmando a cada passo o papel central que a Asean deve desempenhar. 

Aqui no Laos, nossa Parceria Abrangente continua a oferecer resultados para nosso povo: melhorando a saúde materna e infantil, apoiando o desenvolvimento sustentável, curando as feridas da guerra, investindo no potencial de nosso povo e nos laços entre eles. Esse foco nas necessidades e nas aspirações de um bilhão de pessoas é o que anima nosso trabalho hoje com os Estados Unidos e a Asean, e na Cúpula do Leste Asiático. 

Os laços econômicos extraordinariamente sólidos entre os Estados Unidos e a Asean são fundamentais para nossa relação há muito tempo. Os Estados Unidos são o principal fornecedor de investimentos estrangeiros diretos da Asean, e isso é muito significativo, pois mostra que há uma tremenda confiança e uma enorme certeza no futuro. As pessoas não fazem investimentos se não tiverem essa confiança no futuro. E também é, obviamente, um grande gerador de empregos e oportunidades. Temos mais de 62 — desculpem-me, 6.200 empresas americanas operando na região, sustentando centenas de milhares de empregos localmente, mas também em todos os 50 estados dos Estados Unidos.

Em nossas reuniões de hoje, nos comprometemos não apenas a aumentar essa parceria, mas também a continuar a modernizá-la. Assim, por exemplo, estamos trabalhando a fim de implementar a Janela Única da Asean. Esse é um portal único que tornará o comércio regional mais rápido, mais barato e mais confiável. Já temos inovações — por exemplo, inovações que facilitam a troca de formulários alfandegários e outros documentos eletronicamente. Essa iniciativa por si só já reduziu o tempo de transações em quatro dias e já economizou mais de US$6,4 bilhões.

Com a projeção de que a economia digital da Asean chegue a US$ 2 trilhões até 2030, estamos equipando profissionais e estamos equipando estudantes da região com as habilidades necessárias para que tenham sucesso na economia do século 21. Por exemplo, criamos uma plataforma de educação on-line que tem permitido que dezenas de milhares de estudantes e pessoas concluam cursos e obtenham credenciais em disciplinas como Ciência, Tecnologia e Empreendedorismo.

Reconhecendo o poder da inteligência artificial com o objetivo de acelerar o progresso nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável — acabar com a pobreza, erradicar a fome, levar assistência médica a mais pessoas — adotamos hoje uma Declaração de Líderes dos EUA e da Asean sobre IA, para que nossos países juntos possam ajudar a moldar o desenvolvimento, o uso, a governança da inteligência artificial segura, protegida e confiável.

E por meio de um novo pacto de cinco anos, uma parceria entre a Asean e a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional, estamos ajudando a empoderar a Asean a identificar áreas onde a região poderia fazer uso de mais capacidade — por exemplo, planejando projetos de infraestrutura — a fim de que possamos garantir que estamos atendendo às necessidades mais urgentes da região. Uma das coisas que ouvi de nossos colegas é a importância de focar em habilidades — em requalificação, em aperfeiçoamento profissional, em ajudar a desenvolver uma capacidade humana, bem como uma capacidade prática em infraestrutura e tecnologia.

Fundamentalmente, isso ressalta o ponto de que a base da parceria entre os Estados Unidos e a Asean é nosso povo. Este ano marca uma década da Iniciativa Jovens Líderes do Sudeste Asiático (Yseali). Lembro-me de estar presente em sua fundação durante o governo do presidente Obama. Agora temos uma parceria notável que envolve mais de 160 mil jovens.  

Portanto, com o intuito de intensificar esses esforços, estamos duplicando o programa Yseali, bem como o número de alunos Fulbright da Asean que estudarão nos Estados Unidos. Já estabelecemos um Centro Asean em Washington visando ajudar a promover maiores laços econômicos e culturais entre nossas nações.

Também estamos trabalhando para liberar o potencial de todo o nosso povo. Com base no primeiro diálogo de alto nível da Asean sobre direitos de pessoas com deficiência do ano passado, estamos trabalhando a fim de tornar a economia e a infraestrutura da Asean mais acessíveis, mais inclusivas para pessoas com deficiência.

Todos esses investimentos — em nossas economias, em nossos sistemas de saúde, em nossa infraestrutura, no clima, nas pessoas — todos esses investimentos são bons para as pessoas nos países da Asean e para os americanos em nosso país: criar empregos, impulsionar a inovação, abordar desafios que só podemos enfrentar efetivamente quando trabalhamos juntos.

Pois bem, isso também é verdade quando se trata de questões regionais e globais de interesse comum. Continuamos a ressaltar a importância de defender a liberdade de navegação e sobrevoo nos Mares do Sul e do Leste da China, bem como a necessidade de manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan.

Estamos intensificando nossos esforços com o objetivo de traçar um futuro mais pacífico, inclusivo e democrático para Mianmar, e abordar o comportamento perigoso e desestabilizador da RPDC. Estamos defendendo a soberania, a independência, a integridade territorial da Ucrânia e a capacidade de pessoas em todos os lugares de traçar seu próprio caminho, de escolher seu próprio futuro livre do uso de força, coerção e agressão.

Também discutimos o conflito no Oriente Médio. Esta semana marcou um ano desde o terrível ataque de 7 de outubro a Israel, onde, entre outras coisas, cidadãos de nações da Asean estavam entre as centenas de pessoas brutalmente mortas ou capturadas pelo Hamas, incluindo seis cidadãos tailandeses que permanecem reféns até hoje. Continuamos a nos engajar intensamente a fim de evitar um conflito mais amplo na região, visando levar todos os reféns para casa, obter assistência para os moradores de Gaza que tanto precisam e acabar com o conflito, visando chegar a uma solução diplomática no Líbano, apoiar o direito de Israel de se defender contra o Irã e seus representantes terroristas, encontrar um caminho para interromper o ciclo de violência e avançar em direção a um Oriente Médio mais integrado e próspero. 

Eu também ressaltaria que, mesmo com os Estados Unidos e nossos parceiros do Indo-Pacífico se aproximando mais nos últimos três anos e meio, também trabalhamos para aprofundar as conexões entre parceiros nesta região e parceiros ao redor do mundo — particularmente na Europa. A Asean e a UE realizaram sua primeira Cúpula em 2022 e têm expandido a cooperação em tudo, desde segurança cibernética até contraterrorismo e mudanças climáticas, reforçando nossas próprias iniciativas nessas áreas.

Essa colaboração crescente entre regiões reflete o fato de que nossos destinos estão interligados. Tornar a vida melhor para nosso povo exige que nos coordenemos de novas maneiras, construamos novas coalizões, revigoremos e reimaginemos parcerias existentes. A reunião de hoje mostrou novamente o poder e a possibilidade dessas parcerias, e sou grato a todos os nossos amigos da Asean por seus esforços contínuos com o intuito de promover uma visão comum para a região e para nosso futuro compartilhado. Obrigado.


Veja o conteúdo original: https://www.state.gov/secretary-antony-j-blinken-at-a-press-availability-53/ 

Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial. 


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