Tuesday, February 21, 2023

Declarações do Presidente Biden e do Presidente Zelenskyy, da Ucrânia, em Comunicado Conjunto

Department of State United States of America

Tradução cortesia do Departamento de Estado dos Estados Unidos



A Casa Branca
20 de fevereiro de 2023

Palácio Mariinsky
Kiev, Ukraine

10:49 A.M. EET

PRESIDENTE ZELENSKYY: (Conforme interpretado) Sr. Presidente, senhoras e senhores, jornalistas e todos presentes nesta sala, equipe do Presidente Biden: Estou muito feliz em recebê-los na Ucrânia. É uma grande honra para mim e para todos nós.

Acabamos de negociar cara a cara com o presidente dos Estados Unidos e depois tivemos uma ampla discussão com o envolvimento de nossas equipes. Essas conversas nos aproximam da vitória.

E esperamos que este ano, 2023, seja um ano de vitória. Esta guerra não provocada e criminosa da Rússia contra a Ucrânia, contra o mundo inteiro, o mundo democrático, precisa terminar com a libertação de todo o território da Ucrânia sob ocupação russa e com as sólidas garantias de segurança a longo prazo para nosso país, assim como para a Europa e para o mundo inteiro.

Neste momento, na Ucrânia, o destino da ordem internacional baseada na ordem internacional está decidido. E nós, juntamente com o presidente Biden e nossos aliados e parceiros, temos que continuar fazendo todo o possível para que o mundo democrático vença essa luta histórica.

Os ucranianos lembram-se do foco, da atenção e da atitude do presidente Biden e dos Estados Unidos para com cada cidadão ucraniano. A Ucrânia permaneceu em constante comunicação com o Presidente dos Estados Unidos durante esta guerra de grande escala. E esta é a primeira visita em 15 anos. E esta é realmente a visita mais importante de toda a história da relação Ucrânia-EUA.

Esta visita acontece no período mais difícil para a Ucrânia, quando a Ucrânia está lutando por nossa própria liberdade e pela liberdade do mundo. E isso destaca os resultados que já alcançamos e que tipo de conquistas históricas podemos obter junto com o mundo inteiro, com os Estados Unidos e com a Europa. E hoje nossas negociações foram muito frutíferas. Nós – as negociações foram muito importantes e cruciais.

E como já se tornou tradicional no relacionamento entre nossos países, gostaria de estender palavras de agradecimento pessoalmente ao Sr. Presidente Biden e sua equipe, ao Congresso e a todo o povo dos Estados Unidos. Agradeço o nível da cooperação Ucrânia-EUA.

Esta semana marca um ano de nossa luta contra a agressão da Rússia, por isso é muito simbólico que solidifiquemos nossa resiliência através de duas reuniões do Presidente da Ucrânia – minha visita em dezembro e a visita do Sr. Presidente dos Estados Unidos a Kiev hoje.

Os resultados desta visita certamente serão vistos e certamente terão um reflexo no campo de batalha e na libertação dos nossos territórios.

A decisão dos Estados Unidos sobre o envio de tanques Abrams para a Ucrânia já apresentou uma base para o estabelecimento de uma coalizão de tanques. E é de importância histórica em muitos outros aspectos, mais especificamente na defesa aérea, nos Patriots para a defesa de nossas cidades. Agora, este é um reforço fundamental e essencial para nossas capacidades.

Também falamos sobre armas de longo alcance e as armas que ainda podem ser fornecidas à Ucrânia, embora não tenham sido fornecidas antes.

Eu sei, Sr. Presidente, que haverá um pacote muito significativo de assistência de segurança à Ucrânia. E, atualmente, será um sinal claro de que as tentativas de relançamento da Rússia não terão qualquer chance e que, juntos, defenderemos nossas cidades e cidadãos da (inaudível) russa, teremos mais ímpeto para nossa vitória.

E hoje voltamos a destacar que temos uma mesma visão sobre as perspectivas desta guerra. Coordenamos nossa pressão subsequente sobre o estado terrorista. Estamos trabalhando muito no reforço das sanções, tanto bilateralmente quanto com o G7, o que é muito importante.

Compartilhamos uma visão sobre muitos aspectos da nossa Fórmula da Paz, porque seus elementos de segurança, assim como as tarefas de restaurar a Carta da ONU em sua plena capacidade e defender a ordem internacional baseada em regras, são parte de uma tarefa comum e conjunto de todos os países interessados em segurança internacional.

A reconstrução e a restauração da justiça também são muito importantes para todos aqueles que foram afetados pelo terrorismo russo, pela guerra russa. E o agressor tem que ser responsabilizado por sua agressão e pagar por todos os danos causados.

Agradeço ao Presidente dos Estados Unidos por apoiar nosso trabalho na restauração da justiça, mais especificamente no trabalho de todas as nossas instituições nessa área. E acreditamos que não há alternativas ao estabelecimento do tribunal especial. Esta é a posição da Ucr – da Ucrânia, e precisamos de apoio a esta posição.

E gostaria muito que os Estados Unidos se engajassem na implementação de nossa Fórmula da Paz, porque sua implementação significaria um reforço da estabilidade global e da previsibilidade das relações internacionais. E temos algumas conquistas nessa área.

Já nesta semana, em Nova York, junto com os Estados Unidos da América e mais de 60 outros países, apresentaremos para consideração da Assembleia Geral da ONU – o projeto de resolução sobre o apoio à paz na Ucrânia. E, às vésperas do dia 24 de fevereiro, acreditamos que a aprovação desta resolução seria uma prova muito significativa de que o estado terrorista jamais destruirá um país civilizado.

E acho que também estamos abrindo uma mesa especial dedicada ao presidente Biden. A primeira ligação na noite de 24 de fevereiro aconteceu com os Estados Unidos e, desde então, tivemos conversas com muita atenção para a nossa luta e para a proteção da democracia ucraniana.

Além disso, temos a contribuição pessoal do presidente Biden para solidificar a liberdade e a democracia no mundo. Isso será lembrado eternamente. A Ucrânia agradece, senhor presidente, a você, a todos os cidadãos dos EUA e a todos aqueles que, assim como nós, prezam pela liberdade.

Glória aos nossos guerreiros. Glória aos nossos aliados. E glória à Ucrânia.

PRESIDENTE BIDEN: Bem, muito obrigado, Sr. Presidente. Como você sabe, foi — foi há um ano, nesta semana, que falamos ao telefone, Sr. Presidente. Era muito tarde da noite em Washington, muito cedo aqui em Kiev. Aviões russos estavam no ar e os tanques deles cruzavam a fronteira. Você contou que podia ouvir as explosões ao fundo. Eu nunca vou me esquecer disso. E o mundo estava prestes a mudar.

Lembro-me vividamente, porque perguntei — perguntei em seguida — perguntei a você: "O que é preciso fazer, Sr. Presidente? O que posso fazer por você? Como posso ajudar?"

E não sei se você se lembra do que me disse, mas você disse, abre aspas: "Reúna os líderes do mundo. Peça a eles que apoiem a Ucrânia". "Reúna os líderes do mundo e peça a eles que apoiem a Ucrânia."

E você disse que não sabia quando teríamos outra chance de nos falar. Naquela noite escura, um ano atrás, o mundo estava literalmente, na época, se preparando para a queda de Kiev – parece que foi há muito mais do que um ano, mas pense naquele dia – talvez estivessem se preparando até para o fim da Ucrânia.

Como sabemos, um ano depois, Kiev está de pé e a Ucrânia está de pé. A democracia resiste.

Os americanos estão com vocês e o mundo está com vocês.

Kiev conquistou uma parte do meu coração, devo dizer. Vim aqui seis vezes como vice-presidente, uma vez como presidente. Em 2009, como vice-presidente, quando cheguei aqui pela primeira vez. E, então, em 2014, vim três vezes após a Revolução da Dignidade. E voltei em 2015 para falar à Rada sobre o trabalho de construir uma democracia forte. E vim em 2017, pouco antes de deixar o cargo de vice-presidente.

Eu sabia que voltaria, mas queria ter certeza. Mesmo quando – as eleições já tinham acontecido, Barack e eu estávamos deixando a presidência, decidi fazer mais uma viagem para Kiev, antes que o novo presidente fosse empossado.

Então, presidente Zelenskyy, me sinto profundamente honrado aqui em Kiev por estar a seu lado neste encontro com seus militares, sua equipe de inteligência, suas equipes diplomáticas, líderes comunitários que se posicionaram – para ajudar seu país nesta hora de necessidade.

É surpreendente ver quanta gente foi à luta. Todo mundo. Todos – mulheres, crianças pequenas – tentando fazer alguma coisa. Apenas tentando fazer algo, como tirar pessoas de apartamentos que estavam sendo bombardeados — eu literalmente considero esse tipo de ataque um crime de guerra.

É surpreendente. E o mundo inteiro — o mundo inteiro está vendo e percebendo isso.

Esta é a maior guerra terrestre na Europa em três quartos de século, e vocês estão sendo bem-sucedidos contra toda e qualquer expectativa, com exceção da sua. Temos toda a confiança de que vocês continuarão prevalecendo.

Sabe, desde o momento em que recebi o relatório de inteligência pela primeira vez, no outono, há cerca de um ano, estávamos focados em determinar: como podemos unir o resto do mundo? Como poderia cumprir a promessa que fiz quando me pediu para unir o mundo?

Bem, como você consegue? Como você consegue fazer com que o mundo responda a uma economia próspera, uma democracia confiante, um estado seguro e independente?

Quando unidos, os americanos de todas as origens políticas decidiram que iriam se posicionar. O povo americano sabe que isso é importante. A agressão descontrolada é uma ameaça para todos nós.

Construímos uma coalizão de nações, do Atlântico ao Pacífico: a OTAN ao Atla- — no Atlântico; o Japão no Pacífico. Quer dizer, em todo o mundo, o número de nações que se posicionou — mais de 50 — para ajudar a Ucrânia a se defender com apoio militar, econômico e humanitário foi sem precedentes.

Unimos as principais economias do mundo para impor um custo sem precedentes que está pressionando a economia russa.

Juntos, nos comprometemos a enviar quase 700 tanques e milhares de veículos blindados, 1.000 sistemas de artilharia, mais de 2 milhões de cartuchos de munição de artilharia, mais de 50 sistemas avançados de lançamento de foguetes, sistemas de defesa aérea e anti-navio, todos para defender — defender a Ucrânia. E isso sem contar outro meio bilhão de dólares que – estamos anunciando hoje e amanhã e em breve chegará até vocês. E isso é apenas a parte dos Estados Unidos.

E só hoje, nosso anúncio inclui munição de artilharia para HIMARS e obuseiros, mísseis Javelin, sistemas antiblindados e radares de vigilância aérea que protegerão o povo ucraniano de bombardeios aéreos.

No fim desta semana, anunciaremos sanções adicionais contra as membros da elite e empresas que estão tentando fugir das sanções e alimentar a máquina de guerra da Rússia.

E, graças ao apoio bipartidário no Congresso, nesta semana entregaremos bilhões em apoio orçamentário direto — bilhões em apoio orçamentário direto — que o governo pode usar imediatamente e ajudará no fornecimento de serviços básicos aos cidadãos.

O custo que a Ucrânia teve de suportar foi extraordinariamente alto e os sacrifícios foram grandes demais. Os objetivos foram alcançados, mas os sacrifícios foram grandes mais.

Lamentamos ao lado das famílias que perderam entes queridos nesta guerra brutal e injusta. Sabemos que haverá dias, semanas e anos muito difíceis pela frente.

Mas o objetivo da Rússia era varrer a Ucrânia do mapa. A guerra de conquista de Putin está falhando. As forças armadas da Rússia perderam metade do território que ocupavam. Russos jovens e talentosos estão fugindo às dezenas de milhares, não querem voltar para a Rússia. Não fl- — não estão apenas fugindo das forças armadas, estão fugindo da própria Rússia, porque eles não veem futuro em seu país. A economia da Rússia está agora atrasada, isolada e sofrendo.

Putin achava que a Ucrânia era fraca e o Ocidente estava dividido. Como sabemos, senhor Presidente e eu disse no início, ele não estava contando com nossa união. Ele contava com a incapacidade da OTAN de se manter unida. Ele achava que não conseguiríamos trazer outros países para o lado da Ucrânia.

Ele pensou que tinha mais fôlego do que a gente. Acho que ele já não pensa mais assim. Deus sabe o que ele está pensando, mas não acho que ele esteja pensando dessa maneira. Ele estava completamente errado. Simplesmente errado.

E, um ano depois, a prova disso está aqui nesta sala. Estamos juntos aqui.

Senhor Presidente, estou muito feliz por poder retribuir sua visita ao nosso país.

Em Washington, não muito tempo atrás, você nos disse, disse ao Congresso que, abre aspas: "Não temos medo, nem ninguém no mundo deveria ter". Fecha aspas.

Você e todos os ucranianos, Sr. Presidente, lembram ao mundo todos os dias qual é o significado da palavra "coragem" – de todos os setores de sua economia, todas as esferas da vida. É surpreendente. Surpreendente.

Vocês nos lembram que a liberdade não tem preço; vale a pena lutar pelo tempo que for preciso. E continuaremos do lado de vocês, senhor presidente, o tempo que for preciso.

PRESIDENTE ZELENSKYY: Nós vamos conseguir.

PRESIDENTE BIDEN:  Obrigado.  (Aplauso.)

11:07 A.M. EET


Veja o conteúdo original: https://www.whitehouse.gov/briefing-room/speeches-remarks/2023/02/20/remarks-by-president-biden-and-president-zelenskyy-of-ukraine-in-joint-statement/

Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.


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